
Paraceratherium
(Paraceratherium bugtiense)



Paleoartes:
- AVPHAnimação
Introdução
O Paraceratherium bugtiense é um gênero extinto de mamíferos pertencentes à ordem Perissodactyla, parente dos antigos rinocerontes considerado o maior mamífero terrestre em tamanho que já existiu. Viveu entre aproximadamente 34 e 23 milhões de anos atrás, durante o Oligoceno e início do Mioceno, habitando vastas regiões da Ásia, desde a China e Mongólia até o subcontinente indiano e possivelmente partes da Europa Oriental. Era um herbívoro de proporções colossais, adaptado a consumir grandes quantidades de vegetação disponível em climas áridos e semiáridos.
Etimologia
O nome Paraceratherium significa "ao lado da besta sem chifres", em referência a Aceratherium, que faz referência “Ceratherium” (gênero de rinocerontes modernos), referindo-se à sua relação próxima com esses animais. O termo deriva do grego: para (“ao lado”), a ("sem"), keras (“chifre”) e therion (“besta” ou “animal”). O epíteto específico bugtiense faz referência à região de Bugti, no Baluchistão, Paquistão, onde fósseis dessa espécie foram descobertos.
Descrição
O Paraceratherium podia atingir até 8 metros de comprimento, cerca de 5,5 metros de altura nos ombros e um peso estimado entre 15 e 20 toneladas. Seu pescoço longo e musculoso lhe permitia alcançar folhas e galhos de árvores altas, funcionando de forma semelhante ao pescoço de girafas modernas. Possuía pernas robustas e compridas, adaptadas para sustentar seu corpo massivo e permitir deslocamentos eficientes em busca de alimento. Seu crânio era alongado, com grandes aberturas nasais e mandíbulas capazes de mastigar vegetação fibrosa, composta principalmente por folhas, ramos e arbustos.
Os Hábitos do Paraceratherium lembrariam os das atuais girafa e elefantes, comendo folhagens á 6 metros de altura, onde outros animais menores não alcançariam e com certeza eles preencheram o nicho ecológico deixado pelos grandes dinossauros.
Descoberta
Os primeiros fósseis atribuídos ao gênero foram encontrados no início do século XX, com achados importantes no Baluchistão (atual Paquistão), Mongólia e China. Pesquisadores como Clive Forster Cooper descreveram a espécie no início da década de 1910, estabelecendo sua posição como um dos maiores mamíferos conhecidos. Novas descobertas, especialmente na Mongólia e na região de Xinjiang (China), ajudaram a reconstruir com mais precisão sua anatomia e hábitos alimentares.
Classificação
O Paraceratherium bugtiense pertence à ordem Perissodactyla, família Hyracodontidae, sendo um parente distante dos rinocerontes modernos. Diferentemente de outros membros da família, era adaptado a um estilo de vida sem chifres, com um corpo extremamente alto e alongado, especializado para se alimentar da vegetação arbórea em ambientes abertos. Sua ampla distribuição geográfica e tamanho colossal o tornaram um dos ícones da megafauna pré-histórica.
Dados do Megamífero:
- Nome: Paraceratherium
- Nome Científico: Paraceratherium bugtiense
- Época: Oligoceno e Mioceno
- Local onde viveu: Ásia
- Peso: Cerca de 20 toneladas
- Tamanho: 8,0 metros de altura e 5,5 metros de comprimento
- Alimentação: Herbívora
Classificação Científica:
- Reino: Animalia
- Filo: Chordata
- Classe: Mammalia
- Ordem: Perissodactyla
- Família: †Paraceratheriidae
- Gênero: †Paraceratherium
- Espécie: †Paraceratherium bugtiense Peregrino , 1908.
Referências:
- - Deng, T.; Lu, X.; Wang, S.; Flynn, L. J.; Sun, D.; He, W.; Chen, S. (2021). "An Oligocene giant rhino provides insights into Paraceratherium evolution". Communications Biology. 4 (1): 639. doi:10.1038/s42003-021-02170-6.
- - Granger, W.; Gregory, W. K. (1936). "Further notes on the gigantic extinct rhinoceros, Baluchitherium, from the Oligocene of Mongolia". Bulletin of the American Museum of Natural History. 72: 1–73. hdl:2246/363.
- - Lucas, S. G.; Sobus, J. C. (1989), "The systematics of indricotheres", in Prothero, D. R.; Schoch, R. M. (eds.), The Evolution of Perissodactyls, New York, New York & Oxford, England: Oxford University Press, pp. 358–378, ISBN 978-0-19-506039-3.
- - Pilgrim, G. E. (1910). "Notices of new mammalian genera and species from the Tertiaries of India". Records of the Geological Survey of India. 40 (1): 63–71.