Introdução

O Deinotherium gigante, Deinotherium europeu ou Dinotério gigante/europeu (Deinotherium giganteum) foi uma impressionante espécie de elefante extinto que viveu entre o Mioceno Médio e o Plioceno Inicial, aproximadamente entre 15,0 a 4,0 milhões de anos atrás. Seus fósseis foram encontrados em diversas partes da Europa, principalmente na região sudeste do continente.

Etimologia

O nome do gênero Deinotherium deriva do grego antigo: deinos (“terrível”) e therion (“besta”). O epíteto específico giganteum refere-se ao seu imenso porte físico, resultando no significado do nome "besta terrível gigante".

Descrição

O Deinotherium gigante era uma das maiores espécies de sua linhagem, medindo entre 3,6 a 4 metros de altura no ombro e podendo pesar até 12 toneladas. Apesar de se assemelhar aos elefantes modernos, distinguia-se por possuir presas curvas que se projetavam para baixo a partir da mandíbula inferior, enquanto os elefantes atuais apresentam presas na maxila superior. Tinha membros longos e mais esguios que os dos elefantes modernos, além de um pescoço relativamente mais flexível. Seus dentes eram adaptados para pastagem folívora (alimentação baseada em folhas), com molares bilofodontes próprios para corte e trituração.

Descoberta

Os primeiros fósseis de D. giganteum foram descritos por Johann Jakob Kaup em 1829 com base em restos encontrados na Alemanha. Fósseis adicionais foram descobertos na França, Romênia, Bulgária, Grécia e até mesmo na ilha de Creta, que estava conectada ao continente na época.

Classificação

D. giganteum pertence à família extinta Deinotheriidae, ordem Proboscidea, junto com as espécies Deinotherium bozasi e Deinotherium indicum. É a espécie-tipo do gênero Deinotherium. Considera-se que tenha evoluído do gênero Prodeinotherium.