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Antarctossauro

    O Antarctossauro (Antarctosaurus wichmannianus) cujo nome tem origem no grego e significa "Lagarto antarctico", ou seja, "sauros" que significa "lagarto", "anti" que significa "em oposto ao" e "arktos" que significa "norte". Esta espécie viveu há aproximadamente 90 milhões de anos atrás durante o período Cretáceo na América do Sul.

    Foi uma espécie de dinossauro herbívoro e quadrúpede pertencente ao grupo dos saurópodes de enormes proporções, sem dúvida é um dos maiores dinossauros encontrados no Brasil e no mundo, podendo atingir cerca de 30 metros de comprimento, 6 metros de altura e pesar quase 60 toneladas. Andavam em enormes manadas, com os filhotes protegidos no centros, migrando de região para região assim que o alimento começava a se esgotar, pois animais enormes assim deveriam comer muito para se manterem e dessa forma, devastavam enormes áreas em busca de alimento.

    Esta espécie habitou quase toda parte sul da América do Sul, sendo encontrado principalmente na Argentina, Chile, Uruguai e Brasil. Foi primeiramente descoberto na Argentina, onde foi mencionado pela primeira vez em uma mídia impressa em 1916 após ser descoberta pelo geólogo R. Wichmann na Formação Anacleto na Província de Río Negro, da Argentina, que é datada do início do Campanian com idade próxima de 83 a 80 milhões de anos atrás e foi descrita pelo paleontologista Friedrich von Huene em 1929. A descoberta era composta de vários fragmentos de crânio, incluindo uma caixa craniana e uma mandíbula, o pescoço e vértebras da cauda, costelas e numerosos ossos dos membros, sendo um fêmur de 1,85 metros de altura, que tem sido usado para extrapolar uma massa de cerca de 34 toneladas para esse primeiro espécime.

    Um problema com essa espécie é que os fósseis em que se baseiam a reconstrução foram encontrados em locais distintos da mesma região, pertencendo a espécimes diferentes e podendo até pertencer a outras espécies similares. Em particular, a mandíbula muito quadrada tem sido frequentemente sugerida a pertencer a outro saurópode, sendo muito semelhante a rebbachisaurídeo Nigersaurus. No entanto, a mandíbula de Bonitasaura é similar no formato e está claramente associado a titanossauros, indicando que a mandíbula inferior pode pertencer ao Antarctossauro.

    O gênero Antarctosaurus ainda possuí sua classificação questionável. Sendo a única espécie aceita a Antarctosaurus wichmannianus que é a espécie tipo do gênero, entretanto outras espécies já foram classificadas com esta nomenclatura e permanecem duvidosas até o momento. Entre elas temos:

- Antarctosaurus giganteus von Huene, 1929: Friedrich von Huene encontrou um segundo espécime de Antarctosaurus em 1929 que ele chamou de A. giganteus devido seu enorme tamanho. Poucos restos são conhecidos desta espécie e por isso foi considerada até o momento como duvidosa (nomen dubium). O mais famoso desses fósseis são dois fêmures gigantescos, um dos maiores já descobertos, medindo cerca de 2,35 metros de comprimento. A partir desses ossos se gerou uma estimativa de peso de aproximadamente 69 toneladas. Esses fêmures foram encontrados na Formação Plottier, província de Neuquén, Argentina e datam do final do Coniaciano do Período Cretáceo ou cerca de 87 a 85 milhões de anos atrás. Atualmente esta descoberta tem sido atribuída a possibilidade de ser a mesma espécie que A. wichmannianus ou então uma espécie de algum gênero novo.

- "Antarctosaurus" septentrionalis von Huene, 1933: Friedrich von Huene e Charles Matley descreveram em 1933 outra espécie similar encontrada na Índia, ela possuía características anatômicas muito parecidas, entretanto não pertencia a Antarctosaurus e foi renomeada para Jainosaurus em 1994.

- "Antarctosaurus" jaxarticus Riabinin, 1939: Foi nomeada pelo paleontólogo soviético Anatoly Riabinin em 1939 baseado em único fêmur encontrado no Cazaquistão, que era muito similar aos encontrados na América do Sul, no entanto é pouco provável que seja desse mesmo gênero que sido encontrado até o momento somente na América do Sul, sendo então considerado um nomen dubium.

- "Antarctosaurus" brasiliensis Arid & Vizotto, 1971: Arid e Vizzotto encontraram na Formação Bauru, na região sudeste do Brasil, restos deste espécime que incluíam dois ossos dos membros fragmentárias e uma vértebra parcial, que foram descritos em 1971 como A. brasiliensis, entretanto existem dúvidas sobre a caracterização correta desta espécie, sendo então considerado um nomen dubium.

Dados do Dinossauro:
Nome: Antarctossauro
Nome Científico: Antarctosaurus wichmannianus
Época: Cretáceo
Local onde Viveu: América do Sul
Peso: Cerca de 60 toneladas
Tamanho: 30 metros de comprimento e 6 metros de altura
Alimentação: Herbívora

Classificação Científica:
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Reptilia
Superordem: Dinosauria
Ordem: Saurischia
Subordem: Sauropodomorpha
Infraordem: Sauropoda
Família: Titanosauridae
Gênero: Antarctosaurus
Espécie: Antarctosaurus wichmannianus von Huene, 1929

Referências:
- "Antarctosaurus." In: Dodson, Peter & Britt, Brooks & Carpenter, Kenneth & Forster, Catherine A. & Gillette, David D. & Norell, Mark A. & Olshevsky, George & Parrish, J. Michael & Weishampel, David B. The Age of Dinosaurs. Publications International, LTD. p. 125. ISBN 0-7853-0443-6.
- Apesteguía, S. 2004. Bonitasaura salgadoi gen. et sp. nov.: a beaked sauropod from the Late Cretaceous of Patagonia. Naturwissenschaften 91: 493–497.
- Arid, F.M., Vizotto, L.D.. (1971). "Antarctosaurus brasiliensis, um novo saurópode do Crétaceo superior do sul do Brasil". An. Cong. Bras. Geol.: 297–305.
- Mazzetta, G.V., Christiansen, P., Fariña, R.A. 2004. Giants and Bizarres: Body Size of Some Southern South American Cretaceous Dinosaurs. Historical Biology. 16: 71-83.
- Sereno, P.C., Beck, A.L., Dutheil, D.B., Larsson, H.C.E, Lyon, G.H., Moussa, B., Sadleir, R.W., Sidor, C.A., Varricchio, D.J., Wilson, G.P., Wilson, J.A. 1999. Cretaceous sauropods from the Sahara and the uneven rate of skeletal evolution among dinosaurs. Science 286: 1342–1347.
- Upchurch, P., Barrett, P.M, & Dodson, P. 2004. Sauropoda. In: Weishampel, D.B., Dodson, P., & Osmolska, H. (Eds.). The Dinosauria (2nd Edition). Berkeley: University of California Press. Pp. 259-322.
- von Huene, F. 1929. Los saurisquios y ornitisquios del Cretacéo Argentino. Anales del Museo de La Plata (series 3) 3: 1–196.


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