Pesquise no Grupo AVPH

Tartaruga Aligator Suwannee


Tartaruga Aligator - AVPH


   A Tartaruga Aligator Suwannee (Macrochelys suwanniensis), também conhecida em inglês como Suwannee Alligator Snapping Turtle e em espanhol Tortuga cCaimán Suwannee é uma das maiores e mais agressivas tartarugas de água doce que existe, habita regiões profundas de rios, lagoas, pântanos, canais e lagos restritos as bacias do Rio Suwannee nas regiões da Flórida e Georgia.

   As Tartarugas Aligator Suwannee se distinguem das Tartarugas Aligator (Macrochelys temminckii) e das Tartarugas Aligator Apalachicola (Macrochelys apalachicolae) principalmente pela abertura entre as placas caudais da carapaça ser maior na Aligator Suwannee (com uma área média de abertura de 892,8 ± 56 mm²) do que na Aligator Apalachicola (área média de abertura de 289,6 ± 69 mm²) e na Aligator comum (área média de abertura de 379.3 ± 36 mm²). Essa distância é intermediária na Aligator comum e menor ainda na Aligator Apalachicola. A Aligator Apalachicola se destaca por possuir as placas laterais da carapaça apresentando um serrilhado mais forte que a Aligator comum. Outra morfologia que levou a diferenciação entre as espécie foi o formato do crânio, onde os ângulos do osso esquamosal são diferentes, entretanto esta diferenciação é de difícil visualização no animal vivo juntamente com outras diferenças menores.


A - M. temminckii, B - M. apalachicolae e C - M. suwanniensis

    As Tartarugas Aligator são ótimas caçadoras, elas possuem uma língua rosa bipartida (semelhante as das cobras) que imitam vermes em sua boca, atraindo assim peixes que vem atacar os supostos vermes entrando assim em sua boca e se tornando presas fáceis, porém sua alimentação não é baseada somente em peixes, elas comem quase tudo que se mexa, pois suas mandíbulas são extremamente grandes e fortes, sendo capazes de quebrar ossos (possuindo uma força de mordida que pode ultrapassar 500 a 600 kgf/cm², um leão atinge apenas 400 kgf/cm² e as hienas 500 kgf/cm²). Em seu cardápio estão incluídos além de peixes, camarões, lagostas, caranguejos, moluscos, salamandras, sapos, cobras, patos, garças, pequenos roedores, até filhotes de crocodilos e tartarugas menores, porém na falta destes alimentos elas também se alimentam de plantas aquáticas, raízes e frutas. E podem ficar mais de 50 minutos submersos a espera de suas presas, pois elas conseguem baixar sua frequencia cardíaca, taxa metabólica e temperatura. E por passarem muito tempo submersos podem até crescer algas em seu casco, aumentando ainda mais sua camuflagem. Possuem garras extremamente poderosas, que os ajudam a rasgar seus alimentos.


Carapaça externa, interna e plastrão de M. suwanniensis

    Apesar de passar a maior parte de suas vidas no fundo de rios e lagos, as Tartarugas Aligator também necessitam dos raios solares para o aquecimento e para ajudar no desenvolvimento da carapaça, sendo essencial principalmente durante as fases iniciais de grande crescimento corpóreo.


Crânio de M. suwanniensis

    Sua longevidade é muito grande, existem animais em cativeiro que já atingiram 70 anos de idade, entretanto acredita-se que na natureza possam viver mais de 150 anos e chegar aos 200 anos.
   O mantenimento dessa espécie em cativeiro requer cuidados especiais, pois atingem grande porte e são extremamente agressivas, o recinto deve conter pequena área de terra para eventuais desova e banhos de sol, as bordas do lago devem ser em forma de rampa para facilitar a saída, em caso de aquaterrários internos, os mesmos também devem possuir acesso facilitados a parte seca, pois são animais muito pesados e de pouca agilidade para locomoção tanto em água como em terra. A profundidade mínima de água no recinto para um animal adulto é cerca de 1 metro. Deve-se manter apenas um macho por recinto (no caso de recintos pequenos e de médio porte) para cada 3 fêmeas em média, evitando sempre diferenças grandes de tamanho entre os animais (um não pode ser 2 vezes maior que o outro). Os machos possuem as caudas mais grossas e mais compridas e são maiores que as fêmeas.
   Desovam de 8 a 52 ovos (com uma média de 25 ovos) com cerca de 37 a 45 mm de comprimento, 37 a 40 mm de largura e com 24 a 36 gramas de peso, que demoram cerca de 82 a 140 dias para eclodirem e em média apenas 78% dos ovos apenas eclodem (a temperatura influencia no tempo e desenvolvimento dos ovos, um aumento leve na temperatura de incubação diminuí o tempo de incubação). A incubação dos ovos pode ser feita naturalmente em beiras de lagos ao ar livre ou em sistemas artificiais de incubação (obtendo assim maior eficiência) com uma mistura de vermiculita e água 1:1 em peso para a deposição dos ovos, mantendo assim cerca de 90% de umidade onde o recipiente deverá permanecer fechado e com temperatura constante variando apenas entre 25 a 30 °C, os ovos apodrecidos e inférteis devem ser retirados assim que constatados. Temperaturas próximas de 29 e 30 °C nascem maior percentual de fêmeas e temperaturas próximas de 25 e 26°C nascem maior percentual de machos. As tartaruguinhas nascem com 39 a 42 mm de comprimento de carapaça, com 34 a 38 mm de largura de carapaça, com 57 a 61 mm de comprimento de cauda e 18 a 22 gramas de peso. Seus principais predadores quando pequenas são aves, peixes, mamíferos e crocodilos. Atingem a maturidade sexual entre 11 e 13 anos de idade.

    Existem variações de cores, como a variedade Albina e a Leucistica, as quais apresentam um teor de pigmentos reduzidos (são mais claras) como nas fotos abaixo:


Dados do Quelônio:
Nome: Tartaruga Aligator Suwannee, Suwannee Alligator Snapping Turtle, Tortuga caimán Suwannee
Nome Científico: Macrochelys suwanniensis
Local de origem: América do Norte
Peso: Cerca de 183 quilos
Tamanho: 1,50 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

Classificação científica:
Reino:Animalia
Filo:Chordata
Subfilo:Vertebrata
Classe:Reptilia
Ordem:Testudines
Família:Chelydridae
Gênero: Macroclemys
Espécie: Macrochelys suwanniensis (Thomas et al, 2014)

Sinônimos:
- Macroclemys suwanniensis

Referências:
- Thomas, Travis M., Michael C. Granatosky, Jason R. Bourque, Kenneth L. Krysko, Paul E. Moler, Tony Gamble, Eric Suarez, Erin Leone, and Joe Roman. "Taxonomic assessment of Alligator Snapping Turtles (Chelydridae: Macrochelys), with the description of two new species from the southeastern United States." Zootaxa 3786, no. 2 (2014): 141-165.


   ® Atlas Virtual da Pré-História - AVPH.com.br | Conteúdo sob Licença Creative Commons | Política de Privacidade | Termos de Compromisso | Projeto: AVPH Produções
    Obs.: Caso encontre alguma informação incoerente contida neste site, tenha alguma dúvida ou queira alguma informação adicional é só nos mandar um e-mail. Tenha uma boa consulta !!!.